"De Vovó para Vovó", é um espaço criado para contar um pouco da alegria de ser avó (ô), nossas experiências e emoções, e todas as dúvidas que surgem no decorrer da convivência com nossos pequenos. "Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando...(Clarice Lispector)
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Vida de Vovó
Minha vida sempre foi corrida porque eu a fiz e a faço assim.
Sou elétrica, ansiosa, gosto sempre de estar inventando algo novo, nem que seja aqui, dentro de casa.
Eu não paro nunca. Só vou descansar um pouco é quando chega a hora de deitar e dormir.
Mesmo assim, enquanto estou deitada, a cabeça trabalha e muiiiito.
Fico já planejando o próximo dia para não me perder em meus devaneios e concretrizar assim, todos os objetivos traçados.
Na família sou motivo de gozação porque, segundo filhos e marido, eu não paro e não deixo ninguém ficar sossegado quando estão ao meu lado. (rs)
Quase mato nossos cachorrinhos no cansaço. Eles adoram andar atrás de mim, e depois de um determinado tempo, eles param no meio do caminho como se quisessem esperar e ver qual o meu destino definitivo. E então continuam a me seguir, porque na verdade, eles cansam e eu NUNCA.
É bom? Acho que sim, porque quando estou mais parada, me sinto adoecida. Minha natureza é esta. Então quando não estou a todo vapor, a coisa " tá" preta.
Agora todas as minhas manhãs, são ocupadas com minha neta, Alice.
E em função dela, Alice, tenho até estado mais calma, porque tudo gira em torno dela, e só dela.
Dedeiras, sopinhas, frutinhas, fraldinhas, passeios pela pracinha aqui, perto de casa... e quando ela dorme, até consigo deitar ao ladinho dela e aí sim, descanso um pouco e zelo pelo sono da minha princesinha.
Eu gosto de observá-la sempre: quando acordada, quando conversa, balbuciando os "ba ba" e os "ma ma" já aprendidos, quando sorri, sorrio junto; quando chora, quase choro junto porque é raro ouví-la chorar ou incomodada com alguma coisa. Ela é apaixonante.
E assim, minhas manhãs transcorrem e quando ela vai para casa junto à mamãe, já em seguida estou saudosa e começo a contar os minutos pelo momento em que o papai virá trazê-la, no outro dia cednho, para que fique aos meus cuidados.
Minha vida mudou literalmente e minha alegria é impar quando penso que tenho Alice para preencher todas as lacunas que a própria vida se reserva em abrir, enquanto vamos envelhecendo. (??)
Hoje meus dias passam mais rápidos, meu coração bate mais alegremente e eu tenho certeza de que quero me sentir mais agitada, mais ansiosa, mais cheia de planos, enfim, quero me sentir VIVA, mais do que nunca porque quero estar presente e curtir todos os momentos do crecimento de minha neta.
Alice, vovó te ama!
De Vovó para Vovó: somos mais felizes, e muito mais cheias de vida quando esses pequenos vem engrandecer nossos dias, não é verdade?