Ontem Alice veio passar a tarde comigo.
Mamãe precisava dar umas voltas e eu feliz, aceitei em ficar com ela.
Bolsas com vários tipos de roupas (calor, meia estação), fraldas, toalhinha de boca, toalhinha de ombro, toalhinha de bum bum, uma manta, babador ( um para ela e outro para a vovó, é claro), outros sapatinhos e laçarotes caso fosse preciso trocar a roupa - tudo tem que combinar. (rs)
Em outra bolsa: lata de leite, mamadeira, chupeta ( que ela não suporta), tudo devidamente esterilizado e pronto para ser usado.
Após algumas explicações dadas pela minha nora, do tipo: as medidas do leite, o tempo no micro para esquentar, não insistir caso ela rejeite, bem... tudo o que era preciso para que eu atendesse o nosso bebê de acordo com o jeitinho que ele quisesse, porque senão poderia dar algum tipo de contratempo.
A mamãe foi embora e eu entrei em casa com ela no colinho, ambas muito felizes, porque ela só tem 3 meses mas os olhinhos dela diziam para mim que também ela estava radiante em ficar um pouco com a vovó.
Eu entrei dizendo também baixinho: hora da dedeira, 16hs mas às 15:30 já posso dar caso ela demonstre alguma agitação. 4 medidas do leite exatamente 4, trocar a fraldinha caso ela faça cocô...tentava memorizar tudo.
Não posso esquecer, não posso esquecer...
Bem, liguei um DVD com músicas dos Beatles, ( gravação especial para crianças), deitei ela no sofá, conversei, aliás, conversamos, porque ela fala muito, e é lindo de ver esse vocabuário próprio dos bebês. Contei historinhas, cantei algumas músicas, falei um trilhão de vezes o quanto eu a amava, e ela me olhava muito, muito com aqueles olhinhos espertos e já atentos de criança.
Dormiu...
Dormiu e não foi pouco.
Já eram 15 hs quando ela acordou e já sorrindo deu início a um novo bate papo.
Tranquila, brincando e eu não me continha de tanta felicidade.
Foi quando, de repente, ela começou a se agitar.
Queria chupar o dedinho e como estamos em campanha para ela não chupar o dedo, corri e peguei a chupeta. Tudo, com muito cuidado para ela não se irritar.
Peguei no colo, fui até onde estava minha filha, e perguntei: achas que já devo preparar a mamadeira? Porque na verdade, teria que ser a partir das 15:30.
Como ela ainda estava calminha, minha filha disse: vamos deixar ela com um pouquinho mais de fome que assim ela aceitará melhor a mamadeira ( ela não gosta e prefere a mama, mas como a mamãe começa a trabalhar em maio, a pediatra orientou que ela começasse com uma mamadeira ao dia para evitar qulaquer transtorno futuro).
Pensando em não contrariar a nossa menina, não escutei a opiniaõ de minha filha e fui preparar a mamadeira.
Em menos de 3 minutos estava pronta, mas foi o tempo necessário para que nossa pequena mostrasse seu geniozinho. Ela é tranquila, interage super bem com as brincadeiras, mas tudo tem que ser feito COMO e na HORA que ela quer.
E ela começou a chorar.... e aí eu dancei.
Fico nervosa, e nao sei como agir.
Ela gritava.... ah mas como gritava. Que pulmão poderoso ela tem.
Pavarotti neste instante passou a ser NADA... ela tomou conta do palco, comandou a platéia e nós, minha filha e eu, não sabíamos se aplaudíamos, se chorávamos junto... não sabíamos o que fazer, essa era a verdade.
A mamãe que já havíamos chamado, chegou imediatamente.
E mesmo com a mamãe tentando acalmar, ela com fome, e pronta para mamar ( no seio), chorava intermitentemente num choro sentido e estressadinho, não aceitando absolutamente nada.
Minha nora tomou a decisão acertada de ir para casa,. Digo acertada, porque em menos de 5 minutos já instalada em seu mundinho junto à mamãe, recebo uma foto dela (via celular) com o maior sorriso do mundo, e seus olhos pareciam me dizer: viu vovó, como é fácil me fazer calar?
Eu amo essa pequena e não posso vê-la chorar.
