"De Vovó para Vovó", é um espaço criado para contar um pouco da alegria de ser avó (ô), nossas experiências e emoções, e todas as dúvidas que surgem no decorrer da convivência com nossos pequenos. "Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando...(Clarice Lispector)
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Bronquiolite em Crianças
Essa doença é mais comum em bebês de até 2 anos e costuma ocorrer principalmente nos períodos de outono e inverno.
A bronquiolite é uma doença aguda, classicamente definida como o primeiro episódio de sibilância associado a uma infecção por vírus, em crianças menores de 2 anos de idade. Tem como principal causador (80%) o Vírus Sincicial Respiratório (VRS), ocorrendo principalmente nos meses de outono e inverno. Na cidade de São Paulo, estudos mostram que a estação tem início, em geral, no mês de marco, com pico em maio/junho e término em julho/agosto.
A bronquiolite é uma das mais frequentes afecções do aparelho respiratório em lactentes. Ocorrem nos primeiros dois anos de vida, com pico de incidência no primeiro semestre e uma leve predominância no sexo masculino. Aproximadamente 0,5 a 2% das crianças necessitam internação hospitalar .
A transmissão do VRS ocorre por contato direto com secreções respiratórias, em geral, por meio das mãos e objetos contaminados. O período de incubação é de 4 a 5 dias e a evolução com acometimento pulmonar ocorre após 1 a 3 dias do início da coriza. A doença tem início como um resfriado comum (tosse, coriza, espirros e febre) evoluindo com sibilos (chiado), cansaço e piora da tosse.
O diagnóstico é baseado na clínica da criança e identificação do agente etiológico em alguns casos. A maioria das crianças respondem ao tratamento em domicilio com inalações, hidratação e fisioterapia respiratória. Medicações como broncodilatadores e corticoesteroides devem sempre ser prescrito e acompanhado pelo médico.
A prevenção consiste basicamente na diminuição da exposição aos agentes etiológicos. Deve-se evitar o contato de lactentes com pessoas com sinais de resfriado, locais com aglomerados de pessoas. Deve-se evitar também a exposição a poluentes ambientais, principalmente fumaça de cigarro, que atuam como irritantes das vias aéreas e aumentam a gravidade da doença. Pacientes de alto risco devem também fazer a profilaxia medicamentosa com anticorpo monoclonal, este prescrito sempre pelo pediatra ou pneumologista pediátrico do paciente.
( Dra. Priscila Catherino - Pediatra com especialização em Pneumologia Pediátrica)
De Vovó para Vovó: vamos cuidar de nossos bebês que o frio está aí e com ele tudo parece ficar pior, não é mesmo???