terça-feira, 6 de novembro de 2012

IMPORTANTE: Mordidas e arranhões de animais


O que devo fazer se algum animal morder ou arranhar meu filho? 

O tratamento vai depender da gravidade da ferida e do animal responsável pelo acidente. A primeira coisa a fazer, em qualquer caso, é lavar bem a área e tentar estancar o sangue, fazendo pressão sobre o ferimento com um pano limpo ou com gaze.
Se, com alguns minutos de pressão, o sangramento não parar, leve a criança ao pronto-socorro. Também será necessário levá-la ao hospital se a ferida for no rosto ou no pescoço, ou se parecer profunda, em qualquer parte do corpo, porque pode exigir pontos.
No caso de ferimentos leves, simplesmente lave a ferida, e só a cubra se ela estiver em uma área propensa a entrar em contato com a sujeira.
Procure saber imediatamente qual foi o animal que feriu seu filho. Ele terá que ser observado por um período de dez dias para afastar a possibilidade de raiva. 

Meu filho vai ter de tomar vacina anti-rábica?

Se ele tiver sido mordido ou arranhado por um cachorro ou gato domésticos, vacinados, conhecidos e que possam ser observados por dez dias, o tratamento para prevenir a raiva provavelmente não será necessário.
Peça ajuda ao Centro de Controle de Zoonoses da sua cidade (ligado às prefeituras) se o cachorro for de rua e você souber onde ele está, ou se tiver sido capturado. Os especialistas vão levá-lo e observá-lo. Se o animal tiver sido morto, o CCZ pode fazer exames em laboratório para saber se ele tem a doença.
Caso o animal que mordeu a criança seja desconhecido, ou não possa ser observado, a necessidade do tratamento vai depender da gravidade do ferimento e da ocorrência de casos de raiva na região em que você mora. Peça orientações ao seu médico ou leve seu filho ao hospital mais próximo.
A raiva é uma doença cada vez menos comum no Brasil (foram 44 casos em 2005, segundo o Ministério da Saúde), mas, como é fatal, todo cuidado é pouco. O tratamento profilático é indicado no caso de o animal estar apresentando sintomas estranhos, quando a mordida for de morcego, ou então no caso de mordida de cão ou gato desconhecidos em região considerada de raiva não-controlada.
O tratamento para evitar a raiva é gratuito e é feito com uma série de injeções. Em crianças de menos de 2 anos, elas podem ser dadas na perna.

Mordidas de animais também podem transmitir tétano, mas a vacina contra a doença faz parte do calendário nacional de imunização, dada os 2, 4 e 6 meses, por isso é provável que seu filho já esteja protegido. A vacina antitetânica também tem duas doses de reforço: entre os 15 e 18 meses e entre os 4 e 6 anos.

E se a mordida ou o arranhão infeccionarem?

A saliva de cães e gatos possui vários tipos de bactérias e vírus, por isso a infecção é possível. No caso de uma ferida maior, é aconselhável consultar o médico para saber se será preciso tomar antibióticos para evitar uma infecção (isso vale também para quando o autor da mordida é um animal da espécie Homo sapiens -- ou seja, outra criança!).
Quando o ferimento é bem superficial e pode ser tratado em casa, é bom ficar de olho nele. Qualquer sinal de infecção merece uma ida ao médico. Os sinais de infecção são:

• aumento do inchaço, da vermelhidão ou da sensibilidade na área
• presença de pus
• febre acima de 37,7 graus
• linhas vermelhas em torno da ferida ou sensação de quentura
Meu filho vai ficar traumatizado?

Levar uma mordida é uma experiência assustadora para uma criança, ainda mais porque cachorros e gatos tendem a atacar na região da cabeça. É possível que seu filho comece a ficar nervoso na presença de animais, ou que tenha pesadelos.
Se o ataque tiver sido muito violento, seu filho pode precisar de ajuda psicológica para superar o trauma.
(Texto escrito para o BabyCenter Brasil - Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasil)



De Vovó para Vovó: lembremos que esse tipo de acidente, mordida ou arranhão de animais, podem ser causados também pelos nossos bichinhos de estimação.  Os bichos de estimação são um excelente estímulo para as crianças, não há dúvida. Costumam ser fiéis e companheiros, mas podem nos surpreender vez ou outra.
A criança não tem muita noção do perigo e poderá brincar com os bichinhos de forma inadequada e irritá-los. 


Não esqueçamos por mais que os amemos, que eles são animais. E nunca se sabe qual poderá ser a reação deles diante de alguma situação inesperada para eles.
TODO O CUIDADO É POUCO